De Fulcros, Roldanas e a Física da SalvaçãoÉ fácil descobrir, inscritos desde toda a eternidade na natureza das coisas, muitos outros símbolos capazes de transfigurar não apenas o trabalho, mas cada tarefa. Cristo é a serpente de bronze que basta olhar para escapar à morte. Mas é necessário ser capaz de olhá-la ininterruptamente. Para isso, é necessário que as coisas para as quais as necessidades vitais nos forçam a dirigir o olhar reflictam aquilo que elas nos impedem de olhar diretamente. Seria bastante surpreendente que uma igreja construída por mãos humanas estivesse repleta de símbolos e o Universo não. Está cheio deles e é necessário lê-los.A imagem da Cruz, naquele hino de Sexta-Feira Santa, como uma balança deveria inspirar todos aqueles que carregam fardos, manejam alavancas e à noite se sentem abatidos pelo peso das coisas. Numa balança, um peso considerável, mas próximo do fulcro, pode ser solevantado por um peso muito débil colocado a grande distância. O Corpo de Cristo era um peso muito débil, mas graças à distância entre a Terra e Céu serviu de contrapeso ao Universo. De uma forma infinitamente diferente, mas suficientemente análoga para servir de imagem, aquele que trabalha, que levanta fardos, que manuseia alavancas, deve também, do seu frágil corpo, fazer contrapeso do Universo. É muito difícil, e quantas vezes o Universo esmaga o corpo e a alma sob a lassidão. Mas aquele que se agarra ao céu facilmente será contrapeso. Aquele que perceber este pensamento não pode mais ser distraído pela fadiga, pelo tédio nem pelo desgosto.As leis da mecânica, que derivam da geometria e que controlam as nossas máquinas, encerram verdades sobrenaturais. A oscilação do movimento alternado é a imagem da condição terrestre: tudo o que diz respeito às criaturas é limitado, à exceção do desejo, que é a marca da nossa origem, e das nossas cobiças, que nos fazem procurar o ilimitado aqui em baixo. Nas criaturas existem apenas movimentos dirigidos para o exterior, os quais, pelo limite, são forçados a oscilar; esta oscilação é um reflexo degradado da orientação para si mesmo, que é exclusivamente divina.

De Fulcros, Roldanas e a Física da SalvaçãoÉ fácil descobrir, inscritos desde toda a eternidade na natureza das coisas, muitos outros símbolos capazes de transfigurar não apenas o trabalho, mas cada tarefa. Cristo é a serpente de bronze que basta olhar para escapar à morte. Mas é necessário ser capaz de olhá-la ininterruptamente. Para isso, é necessário que as coisas para as quais as necessidades vitais nos forçam a dirigir o olhar reflictam aquilo que elas nos impedem de olhar diretamente. Seria bastante surpreendente que uma igreja construída por mãos humanas estivesse repleta de símbolos e o Universo não. Está cheio deles e é necessário lê-los.A imagem da Cruz, naquele hino de Sexta-Feira Santa, como uma balança deveria inspirar todos aqueles que carregam fardos, manejam alavancas e à noite se sentem abatidos pelo peso das coisas. Numa balança, um peso considerável, mas próximo do fulcro, pode ser solevantado por um peso muito débil colocado a grande distância. O Corpo de Cristo era um peso muito débil, mas graças à distância entre a Terra e Céu serviu de contrapeso ao Universo. De uma forma infinitamente diferente, mas suficientemente análoga para servir de imagem, aquele que trabalha, que levanta fardos, que manuseia alavancas, deve também, do seu frágil corpo, fazer contrapeso do Universo. É muito difícil, e quantas vezes o Universo esmaga o corpo e a alma sob a lassidão. Mas aquele que se agarra ao céu facilmente será contrapeso. Aquele que perceber este pensamento não pode mais ser distraído pela fadiga, pelo tédio nem pelo desgosto.As leis da mecânica, que derivam da geometria e que controlam as nossas máquinas, encerram verdades sobrenaturais. A oscilação do movimento alternado é a imagem da condição terrestre: tudo o que diz respeito às criaturas é limitado, à exceção do desejo, que é a marca da nossa origem, e das nossas cobiças, que nos fazem procurar o ilimitado aqui em baixo. Nas criaturas existem apenas movimentos dirigidos para o exterior, os quais, pelo limite, são forçados a oscilar; esta oscilação é um reflexo degradado da orientação para si mesmo, que é exclusivamente divina.