Da fé e da CrençaNa infância, eu tinha um conjunto considerável de fortíssimas crenças religiosas, mas pouca fé em Deus. Entre a crença num conjunto de proposições e uma fé que nos permite depositar a nossa confiança nelas vai uma enorme distância. Eu acreditava implicitamente na existência de Deus; acreditava também na Presença Real de Cristo na Eucaristia, na eficácia dos sacramentos, na possibilidade de uma condenação eterna e na realidade objetiva do Purgatório. Não posso dizer, no entanto, que a minha crença nessas opiniões religiosas sobre a natureza da realidade última me tivesse dado muita confiança de que a vida aqui na Terra era boa ou benéfica. O catolicismo romano da minha infância era um credo bastante assustador: tive a minha dose de sermões sobre as chamas do inferno. Na verdade, o Inferno parecia uma realidade bem mais poderosa do que Deus, porque era algo que eu conseguia compreender imaginativamente. Deus, por outro lado, era uma figura um tanto obscura, definida através de abstrações intelectuais e não de imagens. Quando eu tinha cerca de oito anos, para a pergunta "O que é Deus?", tive de memorizar esta resposta do catecismo: "Deus é o Espírito Supremo, que, sozinho, existe por Si mesmo e é infinito em todas as perfeições." Sem qualquer surpresa, esta definição significou muito pouco para mim e sou levada a reconhecer que ainda me deixa arrepiada. Sempre pareceu uma definição singularmente árida, pomposa e arrogante.

Da fé e da CrençaNa infância, eu tinha um conjunto considerável de fortíssimas crenças religiosas, mas pouca fé em Deus. Entre a crença num conjunto de proposições e uma fé que nos permite depositar a nossa confiança nelas vai uma enorme distância. Eu acreditava implicitamente na existência de Deus; acreditava também na Presença Real de Cristo na Eucaristia, na eficácia dos sacramentos, na possibilidade de uma condenação eterna e na realidade objetiva do Purgatório. Não posso dizer, no entanto, que a minha crença nessas opiniões religiosas sobre a natureza da realidade última me tivesse dado muita confiança de que a vida aqui na Terra era boa ou benéfica. O catolicismo romano da minha infância era um credo bastante assustador: tive a minha dose de sermões sobre as chamas do inferno. Na verdade, o Inferno parecia uma realidade bem mais poderosa do que Deus, porque era algo que eu conseguia compreender imaginativamente. Deus, por outro lado, era uma figura um tanto obscura, definida através de abstrações intelectuais e não de imagens. Quando eu tinha cerca de oito anos, para a pergunta "O que é Deus?", tive de memorizar esta resposta do catecismo: "Deus é o Espírito Supremo, que, sozinho, existe por Si mesmo e é infinito em todas as perfeições." Sem qualquer surpresa, esta definição significou muito pouco para mim e sou levada a reconhecer que ainda me deixa arrepiada. Sempre pareceu uma definição singularmente árida, pomposa e arrogante.

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