O Paradoxo da CriseOs cristãos do Iraque manifestam a sua esperança através da oração. Tal como a esperança, também esta se volta para o futuro. Acima de tudo, celebram a Eucaristia. Na capital, Bagdad, martirizada pela guerra, e nos desolados campos de refugiados do Curdistão, reúnem-se para recordar aquilo que Jesus fez na véspera da sua morte.O paradoxo cristão fica aqui completamente patente: em cada domingo, a comunidade reúne-se para recordar o momento em que se dispersou; a memória que lhe dá esperança é, aparentemente, a do momento do desespero; começamos a semana recordando aquilo que parecia ser o fim de tudo. O paradoxo torna-se ainda maior quando lemos as descrições daquela noite, narradas nos Evangelhos. Muitos académicos creem que esses relatos são fruto de uma outra crise radical, quando Jesus não regressou no momento em que era ardentemente esperado, após o martírio de Pedro e Paulo e a primeira onda de perseguições. No segundo momento de trevas, novamente tentados a abandonar-se ao desespero, os discípulos narraram de novo a história da crise de Quinta-Feira Santa.Não devemos temer as crises. É quando parece que tudo acaba, na nossa vida pessoal ou comunitária, que o Senhor aparece de maneiras novas e íntimas. […] Neste momento em que a humanidade atravessa a experiência de uma profunda crise de esperança, nós, cristãos, devemos ter os olhos e os ouvidos bem abertos para apreender a chegada do Senhor, que aparece de formas novas.Os sacramentos são sinais. Exprimem a esperança naquilo que está para lá das nossas palavras: a vinda de Deus. Os sacramentos indicam uma plenitude de sentido que apenas por gestos podemos comunicar. Um povo sacramental deve encontrar gestos criativos que exprimam a sua esperança.

O Paradoxo da CriseOs cristãos do Iraque manifestam a sua esperança através da oração. Tal como a esperança, também esta se volta para o futuro. Acima de tudo, celebram a Eucaristia. Na capital, Bagdad, martirizada pela guerra, e nos desolados campos de refugiados do Curdistão, reúnem-se para recordar aquilo que Jesus fez na véspera da sua morte.O paradoxo cristão fica aqui completamente patente: em cada domingo, a comunidade reúne-se para recordar o momento em que se dispersou; a memória que lhe dá esperança é, aparentemente, a do momento do desespero; começamos a semana recordando aquilo que parecia ser o fim de tudo. O paradoxo torna-se ainda maior quando lemos as descrições daquela noite, narradas nos Evangelhos. Muitos académicos creem que esses relatos são fruto de uma outra crise radical, quando Jesus não regressou no momento em que era ardentemente esperado, após o martírio de Pedro e Paulo e a primeira onda de perseguições. No segundo momento de trevas, novamente tentados a abandonar-se ao desespero, os discípulos narraram de novo a história da crise de Quinta-Feira Santa.Não devemos temer as crises. É quando parece que tudo acaba, na nossa vida pessoal ou comunitária, que o Senhor aparece de maneiras novas e íntimas. [...] Neste momento em que a humanidade atravessa a experiência de uma profunda crise de esperança, nós, cristãos, devemos ter os olhos e os ouvidos bem abertos para apreender a chegada do Senhor, que aparece de formas novas.Os sacramentos são sinais. Exprimem a esperança naquilo que está para lá das nossas palavras: a vinda de Deus. Os sacramentos indicam uma plenitude de sentido que apenas por gestos podemos comunicar. Um povo sacramental deve encontrar gestos criativos que exprimam a sua esperança.

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