O Reino e a FidelidadeDe regresso a casa, antes de voltar a meter nas caixas os cadernos com os meus comentários a João, folheio-os uma derradeira vez. Abro a última página. A 28 de Novembro de 1992, copiei as últimas frases do Evangelho:«Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e que as escreveu. E nós sabemos bem que o seu testemunho é verdadeiro. Há ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se elas fossem escritas, uma por uma, penso que o mundo não teria espaço para os livros que se deveriam escrever.»Depois disso, anotei:«Muitas outras coisas fez Jesus: as que ele faz todos os dias, nas nossas vidas, na maioria das vezes sem que delas nos apercebamos. Testemunhar algumas dessas coisas, escrever por minha vez um verdadeiro testemunho – eis, creio eu, a minha vocação. Permite, Senhor, que eu lhe seja fiel, apesar das emboscadas, das vias tortuosas, dos inevitáveis afastamentos. É isto o que eu te peço no final destes dezoito cadernos: a fidelidade.»Este livro que agora termino, escrevi-o de boa fé, mas o que ele tenta abordar é tão maior do que eu que essa boa fé, bem o sei, é irrisória. Escrevi-o com tudo o que sou: um homem inteligente, rico, um homem de cima: tantas desvantagens para entrar no Reino. Ainda assim, tentei. E o que me pergunto, agora que o termino, é se ele trai o jovem que eu fui, e o Senhor em que ele acreditou; ou se, à sua maneira, a ambos permaneceu fiel.Não sei.
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