Da Teologia e do Futuro Como apontou Philip Jenkins, no seu clássico «A Terceira Igreja», vivemos hoje um momento de profunda transformação na história das religiões, uma mudança silenciosa que o Cristianismo vive já desde o século passado, com a impetuosa deslocação para sul do seu centro de gravidade: África, América Latina, Ásia. Trata-se de uma tendência, com toda a probabilidade, destinada a tornar-se ainda mais visível (e de que maneira!), nas próximas décadas: o Cristianismo deverá passar por um verdadeiro boom mundial, ainda que a grande maioria dos crentes não seja nessa altura já branca nem europeia, nem euro-americana. Pelo contrário, especula o autor, com base nas projeções estatísticas já disponíveis: em 2050, apenas um quinto dos potenciais três mil milhões de cristãos (pertencentes a diferentes confissões, entretanto cada vez mais homologadas) será constituído por brancos não hispânicos. Ainda assim, com meritórias excepções, as igrejas cristãs do Hemisfério Sul permanecem practicamente invisíveis aos olhos dos observadores do Norte: isto para já não falar na conhecida tese do cientista político Samuel P. Huntington, que no seu best-seller que fundou, na corrente vulgata, a teoria do "choque entre civilizações", «O choque das civilizações e a nova ordem mundial» – que se refere comummente ao Cristianismo como um fenómeno ocidental. A descrição que Jenkins faz desse Cristianismo do futuro – obviamente hipotética, mas não sem fundamento – é intrigante: substancialmente pobre do ponto de vista económico, conservador na fé, na doutrina e na moral, e completamente orientado para o sobrenatural. Carismáticos, apocalípticos, visionários, seduzidos por curas, exorcismos e visões oníricas, infectados pela literalidade das Escrituras, os cristãos de amanhã deverão ser em grande medida pentecostais (os quais, por sua vez, considerando a versão evangélica original e a sua correspondente católica, representariam já hoje, segundo estimativas plausíveis, um quarto dos cristão espalhados pelo planeta.
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